sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Aumento da criminalidade organizada na Guiné-Bissau alarma Conselho de Segurança


Ao manifestar a sua preocupação perante o “aumento alarmante da criminalidade organizada, tráfico de droga e proliferação de armas de pequeno calibre ilícitas na Guiné-Bissau”, o Conselho de Segurança apelou, hoje, à comunidade internacional para que intensificasse os seus esforços no sentido de reforçar as instituições de segurança deste país africano. Numa declaração lida aos jornalistas pelo Embaixador Wang Guangya da China, país que detém, este mês, a presidência rotativa do Conselho, este órgão disse estar perturbado com a deterioração progressiva da situação socioeconómica e financeira da Guiné-Bissau.
A declaração à imprensa surge após o Secretário-Geral Ban Ki-moon ter afirmado, no seu último relatório sobre as actividades do Gabinete das Nações Unidas de Apoio à Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNOGBIS), que a criminalidade organizada, e, em especial, o tráfico de droga, constituem um problema “novo e crescente” naquele país. “O facto de se estar a usar a Guiné-Bissau como local de trânsito para drogas ilegais provenientes da América Latina e destinadas à Europa continua a constituir uma grave preocupação para as autoridades e para os parceiros internacionais”, escreveu Ban Ki-moon.
O seu relatório, divulgado ontem, menciona a apreensão, em Abril, de 635 kg de cocaína transportados num veículo em que viajavam dois militares e um civil. Os oficiais foram entregues às autoridades militares e foi iniciada uma investigação, mas foram ambos libertados posteriormente.
O Gabinete das Nações Unidas para a Droga e a Criminalidade (UNODC) vai enviar um especialista em aplicação da lei a Bissau, a fim de ajudar a formular uma estratégia nacional de luta contra o tráfico de droga. Este especialista, cuja missão será financiada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), irá trabalhar sob a supervisão geral do UNOGBIS. Mas a declaração emitida hoje pelo Conselho de Segurança – que se seguiu a uma sessão de informação pelo Representante Especial do Secretário-Geral, Shola Omoregie – também saudou a constituição de um novo Governo na Guiné-Bissau, que o Conselho espera que promova “um processo de reconciliação verdadeiramente inclusivo, reforçando desse modo a estabilidade política, parlamentar e governamental”.
Por outro lado, o Conselho “insta o Governo a respeitar os seus compromissos de garantir a disciplina e a transparência da gestão orçamental e a manter um diálogo permanente e construtivo com todos os sectores da sociedade, a fim de criar uma clima político susceptível de conduzir à realização de eleições legislativas livres, justas e transparentes no próximo ano”. As próximas eleições realizam-se na sequência da celebração de um pacto nacional de estabilidade governativa em Março deste ano, entre os principais partidos políticos da Guiné Bissau – o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, o Partido da Renovação Social e o Partido Unido Social Democrata. Este acordo conduziu à tomada de posse do governo do Primeiro-Ministro Martinho Dafa Cabi em 17 de Abril.
(Baseado numa notícia produzida pelo Centro de Notícias da ONU a 10/07/2007)
Fonte: http://www.unric.org/pt/actualidade/11602

Guiné-Bissau: Serifo Nhamadjo evoca restruturação das Forças Armadas


Decreto presidencial Nº 33/2012

Havendo a necessidade de se proceder à reestruturar a nível de diferentes ramos das forças armadas tendo como horizonte a sua modernização dando-lhe as condições de operacionalidade exigível nos termos que correm. Assim, o conselho de chefes de estado-maiores, após audição do conselho superior de respetivos ramos, nos termos da lei orgânica de base das forças armadas, sob a  proposta do Governo, com fundamento no artigo 29, Nº 1, da lei Nº 11/2012, de 28 de junho - o PRT decreta, nos termos do Artigo 70, da constituição da república o seguinte: Artigo Iº, é nomeado o senhor Biagué Nantan, coronel, para exercer as funções de vice-chefe de estado-maior do exército, preenchendo a vaga deixada por falecimentoa pelo anterior titular do posto.

Decreto presidencial Nº 34/2012

Havendo a necessidade de se proceder à reestruturar a nível de diferentes ramos das forças armadas tendo como horizonte a sua modernização dando-lhe as condições de operacionalidade exigível nos termos que correm. Assim, o conselho de chefes de estado-maiores, após audição do conselho superior de respetivos ramos, nos termos da lei orgânica de base das forças armadas, sob a  proposta do Governo, com fundamento no artigo 29, Nº 1, da lei Nº 11/2012, de 28 de junho - o PRT decreta, nos termos do Artigo 70, da constituição da república o seguinte: Artigo Iº, é nomeado o senhor Sanha Cussé, capitão de mar e guerra, para exercer as funções de chefe de estado-maior da Marinha, posto que ocupa interinamente  há sensivelmente um ano.

Decreto presidencial Nº 35/2012

Havendo a necessidade de se proceder à reestruturar a nível de diferentes ramos das forças armadas tendo como horizonte a sua modernização dando-lhe as condições de operacionalidade exigível nos termos que correm. Assim, o conselho de chefes de estado-maiores, após audição do conselho superior de respetivos ramos, nos termos da lei orgânica de base das forças armadas, sob a  proposta do Governo, com fundamento no artigo 29, Nº 1, da lei Nº 11/2012, de 28 de junho - o PRT decreta, nos termos do Artigo 70, da constituição da república o seguinte: Artigo Iº, é nomeado o senhor Carlos Alfredo Manducal, capitão de fragata, para exercer as funções de vice-chefe de estado-maior da armada, preenchendo a vaga existente há já algum tempo.


FONTE: Ditadura do Consenso. 

Comunidade guineense em Portugal faz apelo às organizações internacionais


A Comunidade Guineense residente em Portugal vai realizar uma conferência de imprensa este Domingo, 2 de Dezembro, nas instalações do IPJ, em Lisboa, pelas 15.30 horas. O colóquio visa o apelo à comunidade internacional, em particular à CEDEAO, à CPLP, à União Europeia, à União Africana e à ONU, no sentido de serem envidados esforços para pôr fim à situação de «atrocidade, execução sumaria, perseguição de políticos, de entre outros aspectos que não abonam à construção de uma pátria».


O acto pretende ainda ajudar à criação das condições necessárias para a realização de Eleições Gerais livres e democráticas, sob alçada do Conselho de Segurança de ONU. O Evento contará com a presença do representante do Governo deposto, bem como de representantes de diferentes organizações da Comunidade guineense em Portugal e será presidido por Luís Duarte Pinto, Agrónomo, e Aduardo Jalo, Jurista.


FONTE: www.bissaudigital.com ((c) PNN Portuguese News Network)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Peritos discutem situação da mulher na Guiné Bissau


Políticos, pesquisadores e representantes da sociedade civil concluem nesta quarta-feira (27), em Bissau, um plano de ação para melhorar a qualidade de vida das mulheres vítimas de violência.
Com o evento de dois dias, que deve envolver 30 participantes, a Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, pretende validar resultados de estudos sobre o movimento social e violência contra a mulher realizados na Guiné-Bissau.

De acordo com a agência, duas pesquisas foram lançadas em 2011, no âmbito de um projeto que também envolveu a ONU Mulheres e o Conselho para o Desenvolvimento de Pesquisas da África Ocidental, Codesria. O trabalho, que teve o apoio de organizações da sociedade civil que atuam na questão deve servir de base para levar o projeto à Gâmbia e ao Senegal.

Os estudos de caso, realizados na Guiné-Bissau, devem conduzir à elaboração de um "documento político", a ser oficialmente transmitido às autoridades nacionais no final do encontro. O objetivo é contribuir para o fim da violência de género, através do reforço das capacidades e competências a nível nacional. Segundo a Unesco, pretende-se "acelerar, monitorizar e orientar a mudança social, com vista a estabelecer uma igualdade real entre homens e mulheres". Ao mesmo tempo, o projeto prevê promover a liderança feminina nas áreas socioeconómica, política e cultural.

FONTE: Novas da Guiné Bissau ( Da Redação, com Rádio ONU )

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Guiné Bissau: Divergências na sessão parlamentar com relação à discussão ou não do projeto de revisão da lei eleitoral


A sessão parlamentar de terça-feira, 27, foi marcada com divergências em relação à discussão ou não do projeto de revisão da lei eleitoral. De acordo com pareceres de alguns parlamentares, o documento terá dado entrada no palácio Colinas de Boé de uma forma ilegal. Há alegações de que a proposta terá chegado ao gabinete do presidente da ANP através de um técnico da Comissão Nacional de Eleições (CNE). Até ao meio do dia de ontem, terça-feira, ainda não havia nenhuma decisão sobre o quê fazer com o referido projeto-lei e as divirgências levaram para que a sessão fosse suspensa por algum tempo.
FONTE: www.gbissau.com (Rádio Sol Mansi-RSM, 27 de Novembro de 2012)

Guine Bissau: O STJ em parceria com UNIOGBIS iniciam segundo fórum nacional consagrado à justiça criminal


Com o objetivo de criar um verdadeiro sistema de justiça criminal, eficaz e capaz de proporcionar maior segurança e tranquilidade dos cidadãos, UNIOGBIS em parceria com o STJ iniciaram esta terça-feira em Bissau para três dias, o segundo fórum nacional consagrado à justiça criminal. No fórum estão em análise e abordagem assuntos como a “A revisão Intercalar do Código do Processo Penal”, “A Proteção de Testemunhas” , “A Cooperação Regional e Internacional no Combate à Criminalidade, e, finalmente, “A Justiça em Estado de Direito”.
FONTE: www.gbissau.com (Rádio Sol Mansi-RSM, 27 de Novembro de 2012) 

Guiné Bissau: ONU alerta para necessidade de programa de protecção de testemunhas


A Comunidade Internacional, e nomeadamente a ONU, está a apoiar a Guiné-Bissau no sentido de se criar um programa de proteção de testemunhas, para através dele se concluírem processos relativos a crimes ocorridos no país. De acordo com Antero Lopes, do gabinete das Nações Unidas em Bissau (UNIOGBIS), "se estiverem criadas as condições para que as testemunhas não tenham medo de exercer os seus direitos e deveres, a produção de prova far-se-á de acordo com o que está prescrito na lei e os processos poderão ser concluídos".

Antero Lopes falava hoje (terça-feira)  em Bissau após o início do II Fórum Nacional sobre Justiça Criminal (o primeiro foi em Novembro do ano passado), organizado pelo UNIOGBIS e pelo Supremo Tribunal de Justiça, e que junta na capital guineense magistrados, investigadores, advogados e acadêmicos. Para o responsável, o processo de justiça na Guiné-Bissau e o sentimento geral de que há total impunidade tem "uma lacuna evidente", que é a da "dificuldade na preservação dos meios de prova", pelo que um programa de proteção de testemunhas poderia ajudar na conclusão de processos em investigação. 

O sentimento de impunidade é generalizado na Guiné-Bissau, um país onde ciclicamente ocorrem crimes sem que os infractores sejam punidos. Nos últimos anos têm sido assassinadas figuras públicas, e outras espancadas, mas até hoje ninguém foi levado à justiça. Questionado sobre para que servem tantas reuniões e discussões sobre impunidade, se nada mudou até agora, o vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá, disse aos jornalistas que os tribunais não podem fazer nada quando os processos estão em investigação. 

"Há uma cadeia de órgãos que intervêm para que a justiça seja feita, desde a Polícia ao Ministério Público. Os tribunais só recebem o processo acusado. Os processos que chegam ao tribunal na maioria já estão a ser julgados ou estão agendados", observou, acrescentando: "A impunidade não depende dos tribunais". Antero Lopes reconheceu que existe essa impunidade mas considerou que tem "havido passos" no sentido de a resolver. Hoje há uma participação mais ativa "dos atores militares e penso que é um sinal positivo, de aproximação, de trabalhar em conjunto para ajudar a combater as questões que dão azo a uma percepção generalizada de impunidade", disse. 
"Há dificuldades no processo de justiça" mas reuniões como a de hoje servem para sensibilizar os "atores do sistema de justiça criminal, que estão de facto empenhados em fazer justiça", mas sensibilizar também "as estruturas políticas", disse, acrescentando: "O que eu vejo é congregação de esforços que não tínhamos, vejo abertura das estruturas militares em vir debater os problemas da impunidade com os colegas civis". 

Menos otimista, Francilino Nhaga, padre de Bissau, disse na reunião que vê na Guiné-Bissau uma sensação generalizada de que "a punição é rara", de que há uma "displicência na pena" e de que a justiça não funciona. "Não há um condutor neste país que atropele alguém e que fique para socorrer" (por ter medo de ser morto), disse, para concluir que "o sistema judicial é posto em causa pela sua falta de credibilidade e ausência de poder". A Guiné-Bissau, disse também, é um país "onde a polícia solta um detido após receber um telefonema de 50 segundos e onde "muitos juízes não escondem a sua filiação partidária". E a impunidade, advertiu, leva os criminosos a reincidirem nos crimes porque "têm a certeza absoluta de que ficarão impunes", sendo também "a maior geradora de medo" e de corrupção.

FONTE: Novas da Guiné Bissau

ONU: resolução apoia a luta contra mutilação genital feminina


Amnistia Internacional saúda a adoção, pela primeira vez, de uma resolução contra a mutilação genital feminina (MGF) no seio do Comité de Direitos Humanos da Assembleia Geral da ONU, considerando-a um importante incentivo para que se acabe com esta violação dos direitos humanos. Aguarda-se o apoio da Assembleia Geral à resolução que será apresentada no plenário de dezembro.

Estima-se que três milhões de raparigas se encontram em risco todos os anos", diz José Luis Díaz, representante da Amnistia Internacional junto da ONU em Nova Iorque. Acrescentando ainda que “esta resolução insere a MGF no quadro dos direitos humanos e destaca a necessidade de uma abordagem holística com enfoque no empoderamento das mulheres, na promoção e proteção da saúde sexual e reprodutiva e em quebrar o ciclo de discriminação e violência.

A MGF continua a ser uma prática comum em 28 países africanos, no Iémen, Iraque, Malásia, Indonésia, tal como em alguns grupos étnicos na América do Sul.

É importante destacar que a MGF é uma perseguição com base no género e específica às crianças; e que o ACNUR – agência da ONU para os refugiados – já estabeleceu que uma rapariga ou mulher que procure asilo por ter sido obrigada a submeter-se ou poder vir a ser sujeita a MGF, pode requerer o estatuto de refugiada” diz Díaz.

A Amnistia Internacional vê esta resolução como uma lembrança para os governos da necessidade de desenvolverem planos nacionais de ação que aumentem a consciencialização sobre a temática da MGF.


FONTE: Ditadura do Consenso (António Aly Silva)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Guiné-Bissau regista aumento dos acidentes rodoviários


O Comissário Nacional Adjunto para Recursos Humanos e Formações revelou que os casos de acidentes rodoviários no país têm vindo aumentar a uma velocidade impressionante. Salvador Soares falou na cerimónia de enceramento do curso de formação destinado aos agentes do Grupo Nacional de Trânsito, durante o passado fim-de-semana, 24 e 25 de Novembro.

O Comissário Nacional Adjunto disse que os acidentes rodoviários devem ser combatidos: «Nos últimos tempos assistimos a um crescimento impressionante de acidentes rodoviários e a polícia obriga-se a acompanhar o seu ritmo para combater esse mal que a cada dia tira vidas humanas nas estradas», referiu Salvador Soares.


O responsável disse acreditar na capacidade do Grupo Nacional de Trânsito, desde que bem preparado e equipado, para vir a ser um corpo policial de referência num futuro próximo.


A questão da honestidade, dedicação laboral, moral e ética foram, de entre outras exigência, aspectos que este responsável deixou aos seus agentes.


«Não é admissível que um polícia seja comprometido por meios não legais durante o cumprimento da sua missão», advertiu o Comissário Nacional Adjunto para Recursos Humanos e Formações.


Esta acção de capacitação foi organizada pelo Gabinete das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), no âmbito da cooperação técnico-policial.


FONTE: Novas da Guiné Bissau

Guiné Bissau: Suzana está quente...


No passado dia 21, um grupo de oficiais liderado por Augusto Mário Có (Capacete de ferro) foi, a mando do Comando Militar, para Suzana, após o Estado Maior ter ouvido que os régulos de todas as tabancas de etnia felupe reuniram e decidiram que iriam a Bissau pedir esclarecimentos sobre o caso 21 de outubro, no qual morreram apenas jovens quadros dessa etnia.

O Comando Militar antecipou, assim, a chegados dos referidos chefes e foram eles a Suzana. Da caravana fazia parte o Secretário de Estado dos antigos Combatentes, Mussa Djata – da mesma etnia, e a maioria do corpo de escolta era composta por soldados felupes - foi a forma encontrada para encobrir a vergonha, dando a entender que não estão a fazer nada em exclusivo contra os felupes.

Mencionaram os nomes de João Mendes e Ananias Djedju, dizendo que são quadros com os quais contavam em promover e não sabem como foi que eles se envolveram na tresloucada tentativa de assalto ao quartel dos para-comandos. Pediram ainda aos régulos que chamem a atenção aos jovens felupes que estão na forças armadas para que estes não se envolvam em nenhum acto desse tipo. Também disseram que o primeiro-ministro deposto Carlos Gomes Jr. está a preparar mercenários na Gambia para virem desestabilizar o País.

Usando da palavra, o porta-voz dos regulos, Ukebau Djedjo, agradeceu as informações, mas alertou que queriam sobretudo ouvir as justificações para a morte dos seus filhos por parte chefe do Estado-Maior e do presidente da República de transição. E que mesmo com a ida da tal caravana para Suzana a deslocação deles a Bissau seria uma realidade, pois querem ouvir todas as justificações junto do Injai e do Nhamadjo. O régulo aproveitou ainda para lembrar à comitiva que afinal os jovens mortos eram guineenses e não rebeldes de Casamance, como alegou o governo. Querem saber porque só morreram felupes nessa tentativa de assalto ao quartel, revelando de seguida saber que neste momento todos os quadros felupes estão a ser perseguidos. 


Por: António Aly Silva
FONTE: Ditadura do Consenso

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Guiné Bissau: CEDEAO em plenas Manobras de Invasão


A CEDEAO, nova potência colonizadora da Guiné-Bissau, prepara-se para acelerar o processo de “transição” que está a ter cada vez mais resistências populares da sociedade civil e da comunidade internacional. Está a programar uma nova incursão militar punitiva daquilo a que ela chama de ”focos de resistência militar e civil”. Preveem chegar de repente ao país e pôr na ordem todos os que, dentro das forças armadas (e cada vez há mais), estão descontentes com as asneiradas do Indjai-Kumba, este último agora promovido a Chefe-de-Estado Maior Adjunto, encarregue de elaborar as listas das pessoas a abater. Lembre-se que foi ele quem “entregou” Paulo Correia e Viriato Pan a Nino Vieira para este os mandar matar. A CEDEAO virá assim fazer uma limpeza cirúrgica e deixar o caminho aberto para a instalação de um regime de barbárie total.
Por outro lado, está a preparar em conjunto com Nhamadjo-Barros a visita da missão internacional, montando uma palhaçada monumental. Como ninguém os apoia, decidiu à pressa e em situação de urgência, realizar, sob o seu controlo, um dito congresso do Movimento da Sociedade Cívil. Segundo os próprios organizadores (que trista ingenuidade e incompetência!) o “Presidente” e “Governo” deram o dinheiro que era preciso para fazerem em alta velocidade o dito Congresso. Antes dele se realizar já todos sabem quem é o Presidente que assegura o “Amen” e o apoio da sociedade civil. Arranjaram uns “delegados” nos becos e bares do país e, não representando nada nem ninguém, vão segundo a legitimidade das armas, apoiar os putchistas quando vierem os tais internacionais.
Para a palhaçada ser completa, começaram a criar e a financiar ”grupos de apoio” ao governo que aparecem na televisão a dar vivas à situação e a cantar loas às obras do governo. Mas na rua cresce a onda de revolta contra estes usurpadores e larápios do bem público, que se ri até às lágrimas da última tirada do Indjai: gós tempu di combersa kaba, gós i tempu di diálugu…
FONTE: http://pasmalu.wordpress.com/

Guiné Bissau: A entrevista que vale duas buzinadelas


Só hoje vi, e ouvi a entrevista/encomenda feita ao 'presidente de transição' da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, e que passou ontem no programa 'Sociedade das Nações' na Sic Notícias. Para poupar atalhos, devo desde já dizer que essa entrevista não tem ponta por onde se lhe pegar. Foi um Serifo Nhamadjo bastante nervoso aquele a quem meteram um microfone à frente para debitar postas de pescada.

Acho que Serifo Nhamadjo perdeu uma boa oportunidade para pedir solenemente desculpas ao povo da Guiné-Bissau e admitir a sua quota parte de responsabilidade no golpe de Estado de 12 de Abril, e a interrupção, de forma violenta, do processo eleitoral que estava em curso e que culminou com a implantação de uma ditadura militar feroz, que vive da perseguição, do rapto, de espancamentos e de assassinatos de cidadãos guineenses - a quem o Estado devia garantir protecção e segurança, como diz a nossa Constituição.

Acho que Serifo Nhamadjo devia igualmente ter pedido desculpas a Portugal, e a Angola. A Portugal, pela acusação irreflectida e irresponsável, de conivência com Pansau Ntchama na 'tentativa' do assalto ao quartel dos para-comandos e que teve um saldo trágico: dezenas de guineenses foram chacinados! Outra desculpa a Portugal, pela desavergonhada encenação que foi a 'operação' de 'captura' do Pansau Ntchama, pateticamente encenada e em que este aparece envolto numa bandeira deste país nosso amigo, maior contribuinte líquido e o principal parceiro bilateral da Guiné-Bissau - como se Portugal tivesse alguma coisa a ver com o assunto. Lá está, Serifo não fez o trabalho de casa. Em vez de dar a mão à palmatória, decidiu afundar um pouco mais a Guiné-Bissau. E um pouco mais é... muito mau.

Acho que Serifo Nhamadjo deve igualmente um pedido de desculpa a Angola, por ter contribuido decisivamente para a interrupção abrupta e à base de calúnias, da brilhante reforma nos sectores da Defesa e da Segurança (em que a própria União Europeia queimou dezenas de milhões de euros dos seus contribuintes e depois admitiu que fora "um fiasco"...) que Angola, um país nosso irmão estava a levar a cabo. Preferiu a má-língua: que "Angola tinha mais material bélico que as nossas forças armadas", disse-o com todas as letras - 53 letras, para ser preciso. Mas não disse que era Angola que alimentava as forças armadas da Guiné-Bissau, que era Angola que estava a construir e a reconstruir todos os quartéis da Guiné-Bissau (para que os quartéis passassem a ter água canalizada, telhados, tudo em condições); não disse o 'presidente de transição', que o dinheiro de Angola serviu para formar perto de 700 homens e mulheres para a polícia e para a Guarda Nacional, que o dinheiro de Angola serviu para encher o bandulho a muita gentalha. Assim, a entrevista do 'presidente de transição'... Esta entrevista vale duas buzinadelas: uma para o entrevistado, outra para o entrevistador...

Serifo Nhamadjo aparece sem rede. Não tem atrás (no 'seu' gabinete de trabalho) uma bandeira da Guiné-Bissau. E, desconfortável, disparava contra os mesmos alvos: Angola e, voilá!, Portugal. Que Portugal apoiou a guerra civil (que TODO o povo guineense apoiou, como TODO o povo guineense condenou o golpe de 12 de abril). "Há muita desinformação, até disseram que eu dormia com o CEMGFA António Indjai na Presidência". Veja só, senhor jornalista! Antes isso, sr. 'presidente de transição'. Antes isso. Fazem um belo par, não haja dúvidas.

Que Serifo Nhamadjo não se preparou para a entrevista, isso foi por demais evidente; agora que o jornalista estivesse à altura do entrevistado... isso é imperdoável. Estou à espera para ouvir, se é que também houve, a entrevista com o porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas, perdão, do António Indjai, aliás, do 'governo de transição'...

Convido-vos, e ao 'presidente de transição', a ouvirem como deve falar um Chefe de Estado...


FONTE: Ditadura do Consenso ( António Aly Silva )

Guine´Bissau: PRT preside cerimonia de abertura do 1º congresso ordinário do MNSC (Movimento Nacional da Sociedade Civil)


  • “…A minha função como presidente de transição é de um bom bombeiro. Mas, posso dizer-vos que é um bombeiro que tem um cisterna de água a meio gás. Falta-nos a água para apagarmos o fogo. Eu quero contar convosco, para que ajudem com baldes de água a fim de apagarmos o fogo aceso na Guiné Bissau”
O PRT Aladje Manuel Serifo Nhamadjo presidiu a cerimónia de abertura do primeiro congresso ordinário do Movimento Nacional da Sociedade Civil (MNSC) decorrida domingo nas instalações do IBAP em Bissau.
No ato, a que foi acompanhado pela primeira Dama e pela presidente da Casa Civil da Presidência da República, Adja Satú Camará, Nhamadjo, num improviso de mais de 26 minutos, afirmou: “Ilustres congressistas, eu quero dizer-vos que fazer o papel de um membro da sociedade civil é um desafio grande. É preciso ter a coragem, é preciso ser determinado uma vez que a incompreensão é grande demais”.
FONTE: www.gbissau.com

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cerca de três dezenas de guineenses deportados da Líbia

As autoridades de transição líbias expatriaram cerca de trinta cidadãos de nacionalidade guineense, por se encontrarem a viver de forma ilegal no país. O retorno destes cidadãos foi facilitado pela Organização Internacional de Migração (OIM), que fez chegar os conterrâneos via terrestre ao país, passando pelo Níger, Mali, Gâmbia e Ziguinchor. Em declarações à impressa, Amadu Tidjane Embalo, porta-voz do grupo, disse que a maioria dos cidadãos foi surpreendida pelas autoridades policiais, que os colocaram de imediatos no centro de detenção, de onde foram encaminhados aos países de origem.

Amadu Tidjane Embalo disse que deixou Bissau há três meses e prevê emigrar para Itália, através das fronteiras Líbias. O porta-voz informou ainda à PNN que seis dos seus colegas foram levados para local desconhecido há mais de trinta dias e há poucas informações acerca de como encontram. Uma boa parte destes retornados são originários da região leste da Guiné-Bissau, concretamente de Gabu. De acordo com a fonte da Direção-geral da Migração e Fronteira todos vão ser entregues às suas famílias, cujo processo de identificação já está em curso nesta instituição.


A emigração ilegal é um ato frequente na Guiné-Bissau, tendo já provocado a morte de vários jovens que procuram, a todo custo, chegar à Europa em busca de melhores condições de vida.


FONTE: Novas da Guiné Bissau

Angola Proíbe a entrada no país dos Golpistas da Guiné Bissau


É O SEGUNDO PAÍS QUE RECUSA A ENTRADA DO MESMO MINISTRO NO ÂMBITO DO EMBARGO AO ATUAL REGIME GUINEENSE. DEPOIS DE PORTUGAL, AGORA FOI A VEZ DE ANGOLA.
COMECEMOS POR ESTE ÚLTIMO:

AGOSTINHO CÁ, QUE GARANTIU AO JORNALISTA DA RDP-ÁFRICA, WALDIR ARAÚJO, TER SIDO FORMALMENTE CONVIDADO PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, OMS, PARA PARTICIPAR NO ENCONTRO DO COMITÉ REGIONAL AFRICANO DA ORGANIZAÇÃO, QUE DECORRE EM LUANDA, APENAS CHEGOU ATÉ MARROCOS, TENDO JÁ REGRESSADO À GUINÉ-BISSAU. ISTO PORQUE, UMA VEZ NA CIDADE MARROQUINA DE CASABLANCA, ONDE SE PREPARAVA PARA SEGUIR VIAGEM PARA LUANDA VIA LIBREVILLE, O MINISTRO DA SAÚDE DA GUINÉ-BISSAU E RESPECTIVA COMITIVA, FORAM AVISADOS QUE NÃO PODERIAM VIAJAR PARA ANGOLA POR ORDENS EXPRESSAS DO GOVERNO DE LUANDA.

ADMIRADO COM A SITUAÇÃO, UMA VEZ QUE AGOSTINHO KÁ GARANTE TER RECEBIDO NÃO SÓ UMA “CARTA – CONVITE” DE LUIS GOMES SAMBO, DIRECTOR REGIONAL DA O.M.S. PARA ÁFRICA, ASSIM COMO UMA NOTA DO PRÓPRIO MINISTRO DA SAÚDE DE ANGOLA, JOSÉ VAN DÚNEM, A CONFIRMAR O CONVITE E A VIAGEM, O EMBAIXADOR DA GUINÉ-BISSAU EM MARROCOS TEVE QUE AGIR. ASSIM, ABUBACAR LI, LIGOU PARA O SEU HOMÓLOGO ANGOLANO EM RABÁT, DE QUEM RECEBEU A CONFIRMAÇÃO DE QUE O MINISTRO E A SUA DELEGAÇÃO NÃO DEVIAM MESMO SEGUIR PARA ANGOLA, POIS NÃO TÊM AUTORIZAÇÃO PARA ENTRAR NAQUELE PAÍS DA CPLP.

DE REFERIR QUE O MINISTRO DA SAÚDE GUINEENSE SEGUIA PARA O ENCONTRO DA OMS COM PLENOS PODERES DE REPRESENTAÇÃO DO PRESIDENTE DE TRANSIÇÃO, SERIFO NHMAMADJO, TAMBÉM CONVIDADO PARA O ENCONTRO, AO QUAL NÃO TERÁ IDO POR MOTIVOS DE AGENDA POLITICA. NA COMITIVA DO MINISTRO AGOSTINHO KÁ SEGUIAM AINDA O DIRECTOR GERAL DA SAÚDE PÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, UMARU BÁ E O ASSESSOR JURÍDICO DO MINISTÉRIO, O ADVOGADO JOÃOZINHO VIEIRA CÓ. RECORDE-SE QUE RECENTEMENTE O MESMO MINISTRO, AGOSTINHO KÁ, VIU RECUSADA A SUA ENTRADA EM PORTUGAL, ONDE VIRIA PARTICIPAR NUM ENCONTRO COM MÉDICOS GUINEENSES NA DIÁSPORA.


FONTE: Ditadura do consenso ( Publicada por António Aly Silva  )

Guiné Bissau: PAIGC ocupa lugares na mesa do ANP


A situação de impasse que se registava no parlamento da Guiné-Bissau foi hoje ultrapassada com a indigitação de dois deputados do partido maioritário, PAIGC, para a mesa do órgão. Após três dias de impasse desde a reabertura da sessão parlamentar, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) indigitou os nomes dos deputados Augusto Olivais e Isabel Buscardine para os lugares de primeiro e segundo vice-presidentes do Parlamento.

O líder do grupo parlamentar do PAIGC, Rui Diã de Sousa, considerou que o seu partido decidiu abdicar do lugar de presidente do Parlamento, deixando-o para Sory Djaló, do Partido da Renovação Social (PRS), e ficar com os cargos de vice-presidentes do órgão. LUSA


FONTE: Ditadura do Consenso ( Publicada por António Aly Silva )

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Guiné-Bissau: Sory Djalo recusa proposta da bancada parlamentar do PAIGC


O Presidente em exercício na Assembleia Nacional Popular, Ibraima Sory Djalo, recusou a proposta da bancada do PAIGC, esta quinta-feira, 22 de Novembro, sobre o preenchimento de vagas na mesa da ANP. A moção propõe Augusto Olivais para Presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP) e Isabel Buscardine para vice-Presidente do mesmo órgão.


Em resposta, Sory Djalo, que assumiu o lugar depois de golpe de Estado de 12 de Abril, afirmou que o assunto não vai ser discutido. Segundo informações apuradas pela PNN, Sory Djaló pretende que os lugares em causa se destinem ao deputado do PAIGC, João Seidi Bá Sane, para 1.º vice-Presidente da ANP, e à deputada Aurora, a ser distinguida 2.ª vice-Presidente do Parlamento guineense.

Em busca deste novo impasse na presente sessão da ANP, a bancada parlamentar do PAIGC abandonou a plenária para uma reunião de concertação. A proposta recusada saiu da reunião do Comité Central do PAIGC, que teve lugar durante a noite de quarta-feira, 21 de Novembro, na sede do partido.


FONTE: www.bissaudigital.com
(c) PNN Portuguese News Network

Guiné Bissau : Indlai i Cobardi


Afinal o homem é mesmo um cobardolas. Convocou os régulos felupes para uma reunião ontem, em Suzana, e à ultima da hora cortou-se de lá ir e mandou um militar papel, Capacete de Ferro, pedir desculpa pelas acusações e matanças que fez contra os felupes na inventona de Outubro. Aproveitou para zurzir no Cadogo. Disse aos colegas militares: “ês fidjus da puta di felupi misti matan, má ami qui na matális tudo trokê kaba” Por isso o graduado que lá foi, escoltado por vários camiões com soldados armados até aos dentes, desmultiplicou-se em desculpas dizendo que eles reconheciam que não tinham sido os felupes nem os rebeldes da Casamança os culpados e que pedia muitas desculpas

Os régulos ouviram atentamente e não se impressionaram com as “lágrimas de crocodilo”, respondendo de forma violenta e sem meias palavras. Dirigindo-se directamente aos militares disseram-lhes: “vocês se não matam de dia é porque matam à tarde; se não matam hoje é porque matam amanhã; se não matam esta semana é porque matam na próxima; se não é neste mês será no próximo. VOCÊS SÓ SABEM MATAR!”. “Bô ta mata na cabalindadi!” “Fiquem sabendo que nós nunca votaremos em vocês, porque não votamos em quem tem armas”. “Nós votamos em civis”. Apavorados, derem meia volta e regressaram à base, certos de que agora sabem de viva voz qual o “djon gago” em que estão metidos.
FONTE: pasmalu (http://pasmalu.wordpress.com)

Guiné Bissau: Ameaças no parlamento


PAIGC apresentou há pouco a sua proposta para o preenchimento de vagas na mesa da ANP Augusto Olivais para presidente, e Isabel Buscardine para vice-presidente, mas a resposta do Sory Djaló, actual usurpador do lugar, foi claro: "Si bu na bai tchur, si bu sibi kuma baka ku bu dibi di leba, anta ka bu lambu galinha". E rematou: "Este é um assunto que nem vai ser discutido".

Sory Djaló, que é do PRS, "quer" que seja Seidi Bá, do PAIGC, a subir para o lugar de 1º vice-presidente e a Aurora para 2º vice-presidente...que já está ocupado pelo próprio Sory Djaó... Entretanto, o PAIGC abandonou a plenária para concertação. 


FONTE: Ditadura do Consenso (Publicada por António Aly Silva )

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Parlamento da Guiné-Bissau aprova prorrogação da legislatura até novas eleições


Deputados da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau
Os deputados ao parlamento da Guiné-Bissau aprovaram hoje por unanimidade a decisão de prorrogar a atual legislatura até à posse de novos parlamentares, depois de eleições gerais no próximo ano. Numa sessão que começou com polêmica e ataques entre os parlamentares de diferentes bancadas e entre os do mesmo grupo parlamentar, a decisão de prorrogação o mandato do Parlamento acabou por ser assumida pelos 78 deputados que se encontravam na sessão.
Para que a legislatura (que devia terminar na próxima quinta-feira) possa manter-se é preciso alterar a Constituição, tendo os deputados aprovado um projeto de revisão que diz que a presente legislatura termina “com o fim do período de transição”.
FONTE www.gbissau.com (Lusa, 20 de Novembro de 2012)

Guiné-Bissau inaugura clínica para tratamento de noma


Infra-estrutura foi oferecida por ONG alemã depois de vários anos de presença ocasional de médicos holandeses que asseguravam as cirurgias.

A inauguração deste centro de Noma na Guiné-Bissau, o primeiro do gênero  representa um sinal forte para a solução de centenas de crianças e adultos que enfrentam esta enfermidade. Uma enfermidade que, até aqui, obrigava a maioria de pacientes a requererem juntas médicas para o exterior. E como eram difíceis, muitos doentes passaram fatalmente a conviver com a doença, salvo em ocasiões em que alguns são salvos pelas equipas especializadas estrangeiras, sobretudo Interplast Holanda, que por aqui promoveram diferentes campanhas de cirurgia.

E os resultados, segundo dados clínicos, foram extraordinariamente encorajadores, tanto mais que a inauguração do Centro Especializado veio de certa forma conter a doença. O Primeiro-ministro de Transição, Rui Duarte de Barros, foi quem presidiu a cerimonia de inauguração desde centro baseado na capital guineense.


Com a inauguração do Centro, construído pela ONG Alemã Hilfsaktion NOMA, por sinal dono do projeto, resultado de quatro anos da sua presença no pais, 110 casos diagnosticados, em todo o território nacional, deverão ser submetidos as intervenções cirúrgicas gratuitas a partir do próximo dia 27 deste mês. A maioria dos pacientes são crianças de 2 a 6 anos de idade e as causas da enfermidade estão ligadas a higiene bocal, má nutrição e higiene de ambiente em que vivem. O Centro Noma, ora inaugurado, tem a capacidade para internamento de 15 pessoas.


FONTE: Novas da Guiné Bissau

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Guiné Bissau: "Militares deviam ficar com o poder", diz o deputado Mário Dias Sami


O antigo secretário de Estado das Pescas da Guiné-Bissau, Mário Dias Sami, afirmou hoje, terça-feira, no Parlamento, que os militares que fizeram o golpe de Estado deviam ficar com o poder, em vez de o entregar aos civis. 

"Sim, porque em golpes de Estado clássicos quem faz o golpe fica com o poder. Mas, aqui o que temos tido não são golpes de Estado, porque os militares acabam sempre por entregar o poder aos civis", defendeu Dias Sami, agora  deputado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), maioritário. Intervindo numa sessão parlamentar, dedicada a debates sobre a revisão pontual da Constituição da Guiné-Bissau, Mário Dias Sami disse que os políticos e os guineenses deviam "deixar os militares em paz".  

"Se fosse eu a fazer o golpe de Estado tinha ficado com o poder", afirmou  Sami, acrescentando que o poder hoje está com civis, como o presidente de  transição (Serifo Nhamadjo), o presidente do Parlamento (Sory Djaló), a  presidente do Supremo Tribunal de Justiça (Maria do Céu Monteiro) e o primeiro-ministro (Rui de Barros). "Os civis devem assumir de uma vez por todas as suas responsabilidades, porque são eles que detêm o poder neste país, não os militares. Já chega de falar de golpe de Estado para justificar tudo e mais alguma coisa. Nós, os parlamentares temos que assumir a nossa responsabilidade", sublinhou.

O antigo governante reagia assim quando alguns deputados, nomeadamente os da sua própria bancada, falaram da necessidade de antes de se aprovar qualquer diploma no Parlamento as bancadas consultarem as respetivas direcções partidárias. "Se somos divididos neste país por causa dos partidos, então o melhor, se calhar, era acabarmos com os partidos e ficarmos com o povo da Guiné-Bissau, que é o mais importante", disse Mário Sami, merecendo palmas de alguns deputados.


FONTE: ditadura do Consenso (por António Aly Silva )

CONVOCAÇÃO: Vamos ajudar o nosso país Guiné Bissau a sair desta situação


A palavra de Deus nos mostra, em diferentes passagens, o poder da oração. Além da sua importância como instrumento de contato entre nós e Deus, a oração é também uma arma do cristão na guerra espiritual. Quero agradecer aqui a todos que aceitaram o desafio de orar na semana retrasada pela nossa amada terra Guiné Bissau. A situação ainda esta precária e a nossa terra e o nosso povo estão a precisar das nossas colaboração. Vamos continuar a orar. Quero te desafiar a orar pelo menos 15 minutos todos os dias antes de dormir pela situação político-militar, pelas cidades do sul que já estão a sentir ameaças de fome, pela epidemia da cólera... entre outras.Vamos orar até esta situação se resolver. 

Lembre: "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Tiago 5:16" disse as escrituras. Um grande homem de oração na Bíblia foi Daniel. Ele orava três vezes ao dia, e por causa de sua oração chegou a ser jogado na cova dos leões, mas Deus o livrou milagrosamente. 

VAMOS TODOS JUNTOS, QUE SÓ DEUS PODE MUDAR A SITUAÇÃO DO NOSSO PAÍS E ELE PODE FAZER ISSO ATRAVÉS DAS NOSSAS ORAÇÕES.

TENHO DITO!
N´na Ordidja

Guiné-Bissau: Autoridades recebem formação sobre direitos dos prisioneiros


Alguns elementos da Polícia de Ordem Pública e da Guarda Nacional encontram-se reunidos, em Bissau, numa ação de formação sobre os direitos dos prisioneiros e detidos no país. Esta ação de formação enquadra-se no projeto de reforço dos direitos dos prisioneiros e detidos na Guiné-Bissau, no âmbito do instrumento Europeu para a Democracia e dos Direitos Humanos, denominado «Pirsoneru um homi nobu», ou seja, prisioneiro um homem novo.


O evento tem a colaboração da Secretaria do Estado de Segurança Nacional e Ordem Pública, cujos participantes vão abordar, durante dois dias, o Código de processo penal, mandado de detenção, auto de interrogatório de arguido, bem como a declaração do suspeito. Falando na cerimônia de abertura do encontro, Basílio Sanca, da Secretaria do Estado de Segurança Nacional e Ordem Pública, disse que o polícia tem por obrigação estar ao lado dos direitos humanos. «Queremos preparar os polícias para aplicação dos direitos humanos e saber como lidar com as pessoas detidas», referiu Basílio Sanca.

O Governante lembrou também que, em tempos, as funções da polícia não eram compatíveis com a garantia de direitos humanos. A elaboração da ata e o encaminhamento do processo para o Ministério Público fazem parte da agenda deste encontro, que termina a 20 de Novembro. Samuele Tini, Representante Nacional da ONG «Manitese», entidade promotora do ato, é de opinião que este encontro surge na sequência de outros já realizados nas regiões de Oio, Mansoa, no norte do país, e em Bafatá, na zona leste da Guiné-Bissau. Ao nível do Sector Autônimo de Bissau, o curso é destinado as aos agentes da 2ª Esquadra e da Polícia Judiciaria.


FONTE: Bissau Digital (Sumba Nansil)
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Guiné Bissau: Saques & Delírios


Os militares guineenses, para comemoração do 16 de Novembro, sacaram do Tesouro Público 150 dos 250 milhões de FCFA que tinham solicitado. Mas antes insultaram o Ministro das Finanças porque este lhes disse que os 250 milhões não tem enquadramento visto estar a juntar dinheiro para pagar os salários aos funcionários públicos. O que aconteceu? Levaram-no para a fortaleza da Amura (EMGFA), onde o insultaram e intimidaram.

- A tropa foi à tabanca de Gã-Cisse, na Região de Gabú, 'visitaram' um campo de horticultura preparado pela população e disseram que têm informações de que é ali que os 'mercenários' descem - os tais mercenários... Esse é um campo de horticultura apoiado pelo Projecto PASA com o financiamento do BOAD. Um autêntico delírio, portanto... E assim vai a Guiné-Bissau... AAS (

Consórcio luso-guineense promete primeiro centro comercial da Guiné-Bissau em 18 meses


Cidade de Bissau
Um consórcio constituído por um grupo empresarial guineense e vários empresários portugueses afirma que vai construir o primeiro centro comercial na Guiné-Bissau, que deverá abrir na capital dentro de 18 meses.
Segundo Luís Neves, empresário português e sócio integrante do consórcio, a primeira pedra para a construção do centro comercial, enquadrado dentro de uma cadeia de vários empreendimentos a serem construídos, será lançada no próximo sábado na presença de entidades oficiais guineenses e empresários dos dois países. A este propósito, disse, chegam a Bissau na próxima sexta-feira os representantes de oito grupos empresariais portuguesas, de áreas como metalomecânica, carpintaria, casas pré-fabricadas, serralharia, produtos alimentares, cozinhas e material de construção.
FONTE: www.gbissau.com(Lusa, 19 de Novembro de 2012)

Guiné Bissau: Jornalista guineense desaparecida em Luanda há mais de quatro meses


Quatro meses depois da participação do desaparecimento em Luanda da jornalista Bissau-guineense “Milocas” Pereira a polícia angolana continua as investigações. A notícia do desaparecimento da jornalista só é tornada pública numa altura em os familiares que não queriam prejudicar as investigações policiais, perderem a esperança que a mesma esteja ainda viva. Foram quatro meses de silêncio para a família Pereira. De Luanda até Lisboa passando por Bissau, há muito que, o desaparecimento de Ana Pereira vulgo Milocas Pereira era tema de conversa, mas ninguém quis anunciá-lo para não atrapalhar as investigações policiais em Luanda onde a vítima deixou de ser vista em meados de Julho.

O irmão da Milocas, Carlos Pereira já não aguentou e decidiu falar a Voz da América a partir de Lisboa onde reside. “De lá não se pode estar assim a comentar e a dizer muita coisa, com o medo da retaliação da polícia angolana ou das autoridades angolanas, mas o que nos chega é isso, está desaparecida desde finais de Julho. Suspeitamos de muita coisa. Que ela tivesse dado com muita coisa e tivesse necessidade de fugir, de esconder ou que tenha havido alguma retaliação.”


A jornalista guineense de 58 anos vive em Luanda para onde se emigrou há oito anos, e tem ali leccionado jornalismo na Universidade Independente e no Instituto Superior Técnico Metropolitano. Milocas também notabilizou-se na sociedade angolana pelas suas análises sobre as crises políticas na Guiné-Bissau.


“Mesmo a nível da Rádio e a nível da TPA chamavam-na para comentar o assunto. E depois apanhou essa confusão toda do último conflito na Guiné com a missão da Missang que teve que sair e suspeitavam disso e daquilo, o receio é que ela tenha sido apanhada no meio dessa confusão toda.” Domiciliada no Bairro do Benfica em Luanda, Milocas tem uma irmã mais nova que também reside na mesma cidade com que se contactava de vez em quando e em ocasiões de extrema necessidade.Por isso o primeiro alarme foi dado pela mãe que vive em Lisboa e com quem se contactava regularmente.


Desde a participação do seu desaparecimento há mais de quatro meses que se supõe que a polícia angolana esteja a levar a cabo as investigações. “Foi-se uma vez à Polícia angolana para se identificar um cadáver que tinha aparecido por lá, mas que não tinha nada a ver com ela, e depois fizeram tudo. Apresentaram a dita queixa e as autoridades até agora, penso que não disseram nada. Mandaram aguardar.” Em Bissau o governo Guineense diz que assim que tomou conta da ocorrência pediu imediatamente esclarecimentos ao governo angolano através dos canais diplomáticos.


O Secretário de Estado das Comunidades Guineense, Idelfrides Fernandes confirmou isso mesmo à Voz da América a partir de Dacar, onde se encontra em missão de serviço. “A nossa representação diplomática já entrou em contacto com o ministério do interior que me informou que não há nenhum registo da saída de Milocas Pereira para o exterior. Fora de Angola. Nesta situação pedimos um inquérito para poder apurar a situação real.” Segundo o Secretário de Estado Idelfrides Fernades, desde então tem seguido de perto o assunto e o último contacto que ainda teve com a representação diplomática guineense em Luanda remonta há três semanas.


A Voz da América contactou também a polícia angolana, que remeteu para a sua jurisdição de Luanda toda a informação sobre o caso. A nossa reportagem não foi no entanto bem-sucedida nos contactos que teve depois, com o departamento policial de Luanda, mas prometemos acompanhar este caso nos próximos dias.

FONTE: Novas da Guiné Bissau ( Fonte: VOA)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ONU, CPLP e União Africana devem atuar em missão à Guiné-Bissau


Uma missão formada por representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da União Africana (UA), da Comunidade Econômica  dos Estados da África Ocidental (Cedeao) e da Organização das Nações Unidas (ONU) aguarda orientações para seguir para uma ação conjunta na Guiné-Bissau. O país vive sob tensão desde o golpe militar ocorrido há sete meses.
O presidente de Portugal, Cavaco Silva, conversou hoje (13) sobre o assunto com o secretário executivo da CPLP, Murade Muragy. Após o encontro, Cavaco Silva disse que o grupo está à espera das orientações da União Africana, que determinará os procedimentos da missão.
Em setembro, a ONU decidiu enviar à Guiné-Bissau uma missão para avaliar a situação e recomendar medidas de estabilização. Desde o golpe militar, em abril, um governo de transição administra o país. A prioridade para a ONU é restabelecer a ordem das instituições democráticas.
Há informações de que, no fim deste mês, as autoridades de Guiné-Bissau se reunirão para definir os rumos do país, na Etiópia. Ao ser perguntado sobre o papel da CPLP na missão, Murade Muragy disse que o objetivo é “dar as condições que os guineenses entenderem necessárias para o diálogo”.
A tensão na Guiné-Bissau também é tema de reunião entre os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e de Angola, Georges Chikoti, durante a 1ª Comissão Bilateral de Alto Nível, em Brasília, hoje e amanhã (14).

FONTE: Novas da Guiné Bissau (Agência Brasil)

Investimento: Projecto chinês vai ligar Bissau por auto-estrada a capitais da África Ocidental



Bissau, capital da Guiné-Bissau, vai estar ligada no futuro por auto-estrada às outras capitais da África Ocidental, em resultado de um projeto lançado pelo governo da China e pela comunidade regional (CEDEAO). A construção da Auto-estrada Trans-Africana Ocidental, com 2000 quilômetros  consta de um acordo para desenvolvimento de infra-estruturas e cooperação econômica assinado na semana passada em Abuja, Nigéria, entre o governo chinês e a CEDEAO, segundo o site nigeriano Ventures. O acordo foi assinado entre o vice-ministro do Comércio da China, Li Jinzao, e representantes da CEDEAO. O projeto da Auto-estrada Dakar-Lagos, respectivamente capitais do Senegal e centro econômico da Nigéria, passará por Banjul, Bissau, Conakry, Freetown, Monróvia, Abidjan, Accra, Lomé e Cotonou.
FONTE: www.gbissau.com (macauhub, Novembro de 2012)